O tempo que passamos em casa passou a ser um dos aspetos centrais da qualidade de vida dos portugueses. A rede de franchising MELOM fez um inquérito de opinião junto dos seus clientes para apurar de que forma a pandemia veio mudar os desejos e necessidades em relação às suas casas. A principal conclusão aponta para a vontade de melhorar ou remodelar a casa, que se refletiu nas respostas de 97% dos inquiridos, assim como a intenção em fazer algum tipo de obras ainda este ano (75,7%).

A remodelação da cozinha, sala e casas de banho são as divisões destacadas pelos inquiridos (44,5%, 35% e 29,7%, respetivamente) e as quais gostariam de ver melhoradas. Esta é uma tendência já verificada no ano passado pela MELOM, ao somar um grande volume de pedidos de obra, principalmente para a renovação de cozinhas e casas de banho, áreas de maior desgaste e que requerem mais manutenção. Destaque ainda para outras áreas as quais os inquiridos manifestaram intenção de remodelar, concretamente quartos (24%) e espaços exteriores (20,5%). Por outro lado, 19,4% gostariam que todas as divisões da casa fossem aprimoradas.

Ainda de acordo com os resultados da pesquisa de opinião da MELOM, 45,6% das pessoas classifica o estado atual da sua habitação como razoável, 29,3% acredita que tem boa qualidade e 11,4% revela o oposto, ou seja, em mau estado. Já 8% considera que a sua habitação se encontra num estado muito bom de preservação. Quando questionados se tencionam fazer algum tipo de obra este ano, 75,7% respondeu afirmativamente.

Mais de metade dos inquiridos (57%) refere ainda que a quarentena contribuiu para a vontade de querer expandir os metros quadrados da casa, no que diz respeito à varanda, jardim e ao número de divisões. Sobre o facto de após o confinamento haver vontade de mudar para uma moradia ou um apartamento, a maioria (79,1%) manifestou preferência pelas moradias, sendo o tipo de imóvel mais apontado. Segundo dados recentes de um estudo divulgado pelo portal imobiliário Idealista, que procurou perceber quais as preferências dos portugueses no que diz respeito à procura de imóveis em tempos de pandemia, também são as moradias que aparecem no topo das preferências para quem pretende comprar.

“Este estudo veio confirmar que o confinamento cria uma tendência que fomos observando . Com a permanência intensiva todos passamos a olhar para a nossas casas com outro sentido crítico, tanto do ponto de vista das imperfeições, como na otimização para uma utilização mais regular das mesmas. Essas necessidades foram de encontro à nossa atividade de remodelação e construção de imóveis, com a MELOM a registar no último ano um aumento do volume de pedidos de obra, principalmente para a renovação de zonas técnicas, cozinhas e casas de banho, áreas obviamente de maior desgaste e que requerem mais manutenção, mas também trabalhos de caixilharia, pinturas e telhados. Simultaneamente houve também um incremento acentuado de pedidos de construção de moradias, que acreditamos se dever à pandemia e à necessidade das famílias procurarem ter o seu próprio espaço exterior para convívio e lazer.” sublinha João Range, diretor-geral da MELOM.

O responsável acrescenta ainda que “se há algo que todos percebemos neste período de pandemia foi que as nossas habitações podem a qualquer momento ter uma utilização integral, pelo que a ideia de casa para dormitório será provavelmente esquecida nos próximos anos e as remodelações serão cada vez mais feitas a pensar na plena utilização do espaço.”