Num mundo em constante evolução tecnológica e cultural, o estudo Global Human Capital Trends
2024, realizado pela Deloitte, evidencia uma crescente valorização do fator humano nas empresas.
Esta mudança de paradigma é de extrema relevância no contexto do franchising, onde a
integração entre empreendedorismo humano e a inovação tecnológica é fundamental para o
sucesso e a sustentabilidade do negócio.
Então como é que podemos olhar para o Franchising e a importância do factor humano? O
franchising, como modelo de negócio, oferece uma estrutura única onde o papel humano assume
uma importância capital. Esta abordagem é corroborada pelas tendências identificadas pela
Deloitte, que enfatizam a valorização dos indivíduos não apenas como agentes de sucesso
comercial, mas também como elementos centrais na promoção do progresso social e económico.
Franqueadores e franqueados devem, portanto, focar na criação de um ambiente que realce a
sustentabilidade humana, considerando os seus colaboradores como peças chave para o
desenvolvimento e crescimento do negócio.
Como se coloca então a tecnologia como complemento, e não como substituto? A incorporação de
tecnologias avançadas, incluindo a inteligência artificial, é indispensável para a modernização dos
processos no franchising. Contudo, é vital encarar a tecnologia como um complemento que
potencializa as capacidades humanas, ao invés de a considerar um substituto da mão-de-obra. A
tecnologia deve ser utilizada para maximizar a eficiência, libertando os franqueados para se
concentrarem em tarefas que requerem criatividade e um maior valor acrescentado, características
intrinsecamente humanas.
Podemos então considerar o empreendedorismo e a segurança no modelo de franchising, como
sendo algo viável? O franchising apresenta-se como um modelo de negócio que conjuga o espírito
empreendedor com um nível de segurança elevado. Este modelo proporciona aos franqueados
uma estrutura de suporte robusta que minimiza os riscos habitualmente associados ao
empreendedorismo. As sinergias entre o apoio fornecido pelo franchisador e a ênfase no
desenvolvimento humano favorece tanto o crescimento pessoal como profissional dos franqueados
e das suas equipas.
Como devemos então superar desafios na implementação dessas estratégias? De acordo com a
Deloitte, existe uma disparidade notável entre o reconhecimento da importância do factor humano
e a sua implementação eficaz nas estratégias de negócio. Para os franqueadores, isto traduz-se na
necessidade de estabelecer sistemas e políticas que fomentem a transparência, incentivem a
inovação e cultivem competências humanas fundamentais como a criatividade e a empatia.
Por fim, como podemos olhar para o franchising e o futuro do empreendedorismo? Num panorama
de transformações tecnológicas e culturais aceleradas, o franchising emerge como um modelo de
negócio resiliente e adaptável. O segredo para o seu sucesso reside na combinação harmoniosa
entre a tecnologia e a humanidade, priorizando a sustentabilidade humana e a criação de valor
para as pessoas. Ao adaptar-se a estas novas tendências, o franchising não só sobreviverá como
também prosperará, revelando-se como um caminho seguro e sustentável para o
empreendedorismo no século XXI.
Em suma, o franchising em evolução na era moderna representa uma oportunidade única para equilibrar
inovação tecnológica com valorização humana. A adesão a este modelo pode conduzir a um
crescimento sustentável e resiliente, fundamental numa época em que a tecnologia avança
rapidamente, mas a importância do factor humano permanece insubstituível. Este equilíbrio é
essencial para o sucesso das organizações e para o bem-estar das sociedades em que operam.